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“É bobagem vacinar meu cão, ele está saudável e não adoece”. Ou , “não vou vacinar meu cão, eu já vacinei outros cães antes e eles morreram”.
Muitas vezes escutamos os donos de animais dizerem isso na clínica e acharem que estão certos. Não estão. Porque um cão, mesmo saudável, pode adoecer e se pudermos evitar que seja por uma doença infecciosa grave, melhor. E também, porque é muito difícil um animal morrer em conseqüência da vacina.
A vacinação funciona melhor quando dada em um animal saudável (tratado contra vermes, com alimentação correta - se filhote, com suplementação de cálcio, fósforo, sais minerais e vitaminas), criado de maneira correta para sua raça e seu tamanho, com instalações adequadas para ele em casa (ter abrigo contra frio, chuva, sol direto , etc).
A vacina é, para o animal, como se fosse injetado nele um molde para fabricar defesas (anticorpos) contra doenças. Ele mesmo poderia fabricar esse moldes, mas algumas doenças são tão rápidas que até o organismo do animal conseguir fabricar essa defesa, seu organismo já foi muito atacado pela doença e o animal pode morrer. Então, o que geralmente se faz contra essa doença é dar esse molde ao corpo do animal e quando a doença chegar, ele já estará com sua defesa preparada. Se o corpo do animal estiver saudável, ele usa esse molde e fabrica uma boa defesa. Se o animal estiver apenas razoável, ele só conseguirá fabricar uma defesa razoável.
As principais vacinas dadas são :
anti rábica (contra raiva), e as contra parvovirose, contra cinomose, contra parainfluenza canina, contra hepatite infecciosa canina, contra leptospirose, contra coronavirose.
Destas, a raiva e a leptospirose são zoonoses, isto é, são doenças comuns a seres humanos e aos animais. (doenças que o animal pode transmitir para o ser humano e o ser humano pode transmitir ao animal).
Todas essas vacinas protegem contra doenças que são graves, relativamente fáceis de serem contraídas (são infecciosas), mortais e de curso incerto, isto é, quando o animal adoece , é difícil saber se ele vai reagir a medicação ou não. Porém que isso não sirva de pretexto para seu animal morrer largado no fundo de seu quintal, porque vários animais só sobrevivem por causa do tratamento que é feito para combater infecções secundárias, aumentar a resistência e para melhorar o estado geral do animal.
As vacinas fazem parte de uma estratégia de tratamento essencial que é realizado no primeiro ano de vida do animal, principalmente para que o cão cresça saudável e bonito. Sendo feito isso, os outros anos serão só de manutenção. Esses cuidados, no seu primeiro ano, são as vacinas, tratar o animal contra vermes, dar a alimentação correta, suplementar com cálcio, fósforo, sais minerais e vitaminas se necessário, e a avaliação mensal do veterinário, principalmente nos quatro primeiros meses de vida.
O esquema mais comum é aquele em o cão é vacinado aos 2, 3 e 4 meses de vida e depois anualmente (vacina anti rábica só depois dos 4 meses).
Casos especiais devem ser tratados como especiais.
O ideal é levar o animal ao veterinário assim que é pego para se fazer uma avaliação do animal e ser dada orientação de como trata-lo.
Exames primários são o hemograma que pode identificar algumas doenças pré-existentes como Erlichiose ou Babesiose(doença transmitida por carrapatos,e mortal)
A seguir, para finalizar, listamos uma série de bons motivos para seu animal ser vacinado, e corretamente:
· a vacina é mais barata que o preço de um tratamento e mais garantida, pois enquanto ela protege, um tratamento tenta curar ( e as vezes consegue, e outras não)
· o animal estar saudável não é sinal que ele não vá adoecer, nós quando pegamos gripe estávamos saudáveis antes.
· Se você adotou um animal, proteja seu amigo e o vacine.
· Clínica veterinária não é só local para curar doenças, é local também para previni-las e evitá-las.
A vacina não é tão cara se você imaginar que ela ajudará seu animal a se manter saudável. É mais barato prevenir que tratar uma doença ou condenar seu animal à morte.